Você tinha um jeito peculiar de demonstrar afeto, e eu amava isso. O jeito em que puxava minha cintura pra perto de você pra dizer que queria me beijar é uma delas. Demorei um pouco até meu cérebro assimilar a mão na cintura com tua vontade de me beijar mas, quando assimilei de vez, não pensava duas vezes. Teu jeito de esquecer as coisas também me irritava um pouco, até por quê, sou ótimo em guardar coisas importantes em minha memória, até mesmo daquele cinema a noite em que você, de forma inesperada, me abraçou e beijou meu pescoço.
Agora aqui estou eu, chorando no banco de trás de um carro de uma pessoa que se quer conheço. A única coisa que consigo olhar, são as mini montanhas que são formadas pela vegetação do lugar que estamos passando de volta pra casa enquanto minha amiga segura minha mão e fala que vai ficar tudo bem, aliás, obrigado amiga, por estar ali quando eu precisei. Eu sei que vai, por que tudo no fim fica bem. Não pelo fato de esquecermos tudo, mas sim, pelo fato de nos acostumarmos com todo esse sentimento ou essa falta que faz de vez uma mensagem tua ao acordar.
Mas a vida é de fato uma peça onde nós entramos e saímos da mesma inúmeras vezes. Digamos que estou aprendendo a atuar de acordo com o gênero da peça, ou até mesmo dançar em sintonia com a música. Coisa que todos deveriam experimentar um dia, dançar em sintonia com a música.
Mas essa música é muito complicada.
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